terça-feira, 29 de abril de 2008


Embrenhada nos meus pensamentos, soam a ti, os acordes de melodia que oiço. Repetem-se ao compasso de um coração que bate a saudade. Embalo-me contigo em mim, aninho-me nas lembranças de nós. De olhos fechados sonho-te. Vejo os teus olhos nos meus, a tua boca na minha, aquele beijo intenso que aquece o sangue.

Relembro o teu cheiro que me atordoa quando roças a tua face na minha enquanto os dedos se esquecem entrelaçados num gesto de Amor. Assalta-me a memória o doce estremecer de me ver no teu sorriso, os arrepios ao toque das tuas mãos, os sussurros que me provocas quando o teu corpo me invade.

Assola-me o quente querer dos olhos nos olhos, das mãos nas mãos, das palavras, dos gestos que não podem ser entendidos por mais ninguém. E sim… Porquê negar?!... do peito no peito, da melodia que fazemos acontecer quando somos apenas um.

Aperto o abraço,
Embrulho-me nesta saudade
Nesta lembrança de nós…

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Perdi no tempo o dia do calendário.
Podia tê-lo marcado com uma cruz, a azul, ou um círculo, a vermelho.
Sim, definitivamente, se o tivesse marcado, hoje sei que seria com um círculo, de tanto que me enlaça este sentimento, a vermelho!
Vermelho Paixão, como esta, que me despertaste, a que me prendes, por tudo o que me fazes sentir. Se tentasse resistir seria uma luta inglória, por isso a ela me rendo.
Vermelho Sangue, como o que me corre e fervilha nas veias, quando soltas na brisa o teu “Adoro-te”, e ela, à chegada, afasta-me suavemente o cabelo e, em jeito de confissão, sopra-o ao meu ouvido.
Vermelho Fogo, como este que me ateias, quando sinto o teu beijo, o teu abraço, quando te sinto nas palavras, nas sensações e nas emoções que elas transmitem.

Perdi no tempo o instante.
Talvez tenha sido numa manhã luminosa, ou num cálido fim de tarde. Talvez tenha sido num dia cinzento, ou numa noite estrelada.
Que importa o dia do calendário, ou mesmo o tempo que fazia.
Não é um dia que guardo em mim, nem o tempo. Mas a soma de todos os dias.
De todos os dias em que partilhamos o tanto de nós, melodias, segredos, palavras, imagens, sentimentos e sentires, sorrisos, desejos por cumprir.
Não é um dia que guardo em mim, nem mesmo o tempo.
É a soma de todos os dias.
De todos os dias em procuramos um no outro o prolongamento das nossas emoções, de todos os dias de ausência sentida, que desejamos que os dias, as horas corram mais depressa para nos voltarmos a saciar, numa urgência de alma feita de plenitude.
De todos os dias… de todos tempos… que ainda estão para vir.

quinta-feira, 17 de abril de 2008


quarta-feira, 16 de abril de 2008



Desejei que o tempo parasse.
Desejo sempre. Que o teu abraço se demore em mim. Mesmo quando me abraças nessa distância que não sinto. Desejo sempre. Ficar assim. Quieta. Esquecer o que existe para além de nós. Emana de ti um calor que me aquece. Uma luz que me ilumina. E um beijo! Um beijo que me desperta. Mas o tempo… o tempo é cruel para quem gosta. Para quem deseja. Nos breves instantes que os nossos corpos se enlaçam, retenho as lágrimas, murmuro entre um sorriso que te adoro e… desejei… Desejei que o tempo parasse.

quinta-feira, 10 de abril de 2008


Como?!
Como se escreve, descreve,
Se faz ver, Sentir,
que existe dentro de nós
algo que sentimos ser maior
do que nós próprios?
Um sentimento raro,
Que nos preenche.
Que se estranha,
Entranha. Na alma.
Extravasa o peito.
Que se sente sair pela boca
(num grito mudo),
pelos poros da pele?!

Como?!

domingo, 6 de abril de 2008


Quero-te tanto!

Quero-te Tanto! Parece banal, escrito assim.
Parece desejo. Até é. Não é um querer, um desejo de pele. É um querer de alma. Um desejo de te querer bem. É um querer “Tanto”. Tanto quanto te sinto como a outra metade de mim. Estranho, não é?! Quero-te Tanto, como Tanto de ti, tenho em mim. Quero-te Tanto! (escrever parece tão fácil… e, repito-me por não saber como o fazer). É fácil me calares as palavras. Tão fácil! Fico embasbacada com este sentimento com que me preenches. Tão imenso que não cabem em palavras. Talvez nem em gestos. Talvez não exista forma de te fazer chegar, ou mesmo entender, este sentir de te… Sim, de te querer tanto! Talvez se te abraçasse. Assim. Bem contra o meu peito. Tanto que sentisses os batimentos do meu coração. (Acelerado, quase em despiste quando te penso. quando penso que te quero tanto, que te quero bem.) Sim. Talvez te conseguisse fazer sentir o Tanto que te quero. (troquei as palavras. mas não deixo de me repetir.) Parece banal, escrito assim. Não te parece?! A mim, parece-me que sim!

sexta-feira, 4 de abril de 2008


“Há momentos na vida em que nos devíamos calar… e deixar que o silêncio falasse ao coração; Pois há sentimentos que a linguagem não expressa… e emoções que as palavras não sabem traduzir…” – Autor Desconhecido

Tento contrariar este pensamento.

Sobre a secretária o portátil. Aberto com uma página em branco à espera de letras. Escrever parece tão fácil. Afinal, tenho a mente povoada de pensamentos e o coração habitado por sentimentos que, em tantos momentos, parecem não caber no peito. Não sou escritora nem pretendo ser. Mas cresce, em mim, a cada dia que passa, uma necessidade quase urgente de preencher o vazio destas novas folhas de papel. Junto sílabas. Formo palavras. Mas… Não escrevo. Solto apenas e só palavras ao acaso de pensamentos. Sentimentos alegres ou tristes. Rascunhos de mim.